quarta-feira, 14 de maio de 2008

ABRAÇA nasce forte e diferente--Conta com duas pessoas do Espectro Autistas em sua direção

A ABRAÇA - Associação Brasileira para a Ação por Direitos das Pessoas com Autismo - é a primeira entidade de representação e defesa dos direitos de pessoas que têm transtornos globais do desenvolvimento a ter, em sua direção, cidadãos do espectro autista. Dos seis conselheiros fiscais, dois têm a síndrome de Asperger. Para a ABRAÇA, o lema do movimento mundial das pessoas com deficiência é um princípio: “nada sobre nós sem nós”: o encontro que criou a entidade contou com ampla participação de autistas e aspérgueres, além de sua presença na sua direção.

Autistas, aspérgueres, familiares, profissionais e representantes de quatorze entidades de todas as regiões brasileiras se reuniram nos dias 29 e 30 de abril na Casa da Esperança, em Fortaleza, Ceará, para criarem a ABRAÇA – Associação Brasileira para a Ação por Direitos das Pessoas com Autismo

Filosofia da ABRAÇA

A ABRAÇA tem, em seus estatutos, quatro princípios fundamentais: Defesa dos direitos à cidadania das pessoas com TGD; incentivo à não-institucionalização e à harmonia dos laços familiares; respeito à pluralidade de metodologias existentes ou que venham a ser criadas para o suporte a pessoas com TGD, desde que respeitados os direitos humanos; repúdio e denúncia de práticas abusivas e autoritárias, que incluam a apresentação de estímulos aversivos (práticas punitivas) de maneira planejada a pessoas com TGD, seja com que propósito for.
Participaram da criação da ABRAÇA representantes da Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A entidade já nasce forte, com vice-presidentes em todas as regiões brasileiras, e presidida por Fátima Dourado, pediatra e presidente da Casa da Esperança.

As entidades presentes foram: AFAGA – Associação de Familiares e Amigos da Gente Autista, representando a Bahia; pelo Ceará, Casa da Esperança, Casa Encantada e Projeto Diferente; pelo Distrito Federal, Movimento Orgulho Autista; Casa da Esperança de Ananindeua e AMAB – Associação de Amigos do Autista de Belém, representantes do Pará; Associação dos Amigos do Autista da Paraíba; Associação de Amigos do Autista do Piauí; Comissão para Constituição da Casa da Esperança do Rio de Janeiro; APACE – Associação de Pais e Amigos de Crianças Especias (RN) e APAARN – Associação de Pais e Amigos do Autista do Rio Grande; Amparho – Amigos, Mães e Pais de Autistas e Relacionados sob Orientação Holística, representando o Rio Grande do Sul e as representantes de Santa Catarina foram a AMA-REC-SC -Associação de Associação de Pais e Amigos do Autista da Região Carbonífera de Santa Catarina e Grupo de Pais de Floripa.

A direção eleita para o período 20008-2011 é a seguinte:

Presidente:
Fátima Dourado (CE) fatimadourado@msn.com
Vice-presidente Sul:
Estefânia Borges (SC) estefaniaborges@hotmail.com
Vice-presidente Sudeste:
Cristiano Ponte (RJ) cgponte@oi.com.br
Vice-presidente Centro-Oeste:
Fernando Cotta (DF) inspetorfernandocotta@gmail.com
Vice-presidente Nordeste:
Alzira de Oliveira (PI) amapiaui@hotmail.com amapiaui@gmail.com
Vice-presidente Norte:
Adriano Pordeus de Lima (PA) adrianopordeus@hotmail.com
Secretário Geral:
Argemiro Garcia Filho (BA) argemiro@lognet.com.br
Tesoureira:
Arlete Rebouças (CE) arletereboucas@oi.com.br
Diretor Técnico:
Alexandre Costa e Silva (CE) alexandre.psi@gmail.com
Diretora de Comunicação e Mobilização:
Mariene Martins Maciel (BA) mariene@lognet.com.br
Diretor Jurídico:
Alexandre Mapurunga (CE) mapurunga@gmail.com

Conselho Fiscal:
Açulena Mota (RS) aculenacamargo01@yahoo.com.br
Cláudia Lanzana (SC) floripabrasil40@hotmail.com
Cleomar de Lima (PB) cleomargato@yahoo.com.br
Deolinda Sampaio (PA) lindaamador@hotmail.com
Hélder Câmara de Araújo (RN) hcjuara@yahoo.com.br
João Paulo Leão (CE) jpleao79@hotmail.com

Pessoas autistas têm isenção de impostos na compra de veículos

De acordo com Lei 8.989/95 pessoas com autismo ou seus representantes legais tem direito à isenção de IPI na aquisição de veículos de fabricação nacional novos, alguns estados brasileiros já concedem a isenção do ICMS, entre eles Santa Catarina, Amapá e Mato Grosso do Sul,. As isenções do impostos federal poderá ser usada, uma vez, a cada dois anos.
Para ter direito o interessado preenche um requerimento, disponível no site da
Receita Federal e apresentar os seguintes documentos em qualquer unidade da Secretaria da Receita Federal.A solicitação deve ser dirigida ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) ou ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat), competente para deferir o pleito e é obrigatório a apresentação dos seguintes documentos:

  • Laudo de Avaliação emitido por serviços público de saúde ou contratado ou conveniado, desde que integrem o Sistema Único de Saúde (SUS) ou também laudo emitido pelo Departamento de Trânsito. O do laudo para o espectro autista está no Anexo XI da instrução normativa 607 da receita;
  • Declaração de Disponibilidade Financeira ou Patrimonial modelo no forma do Anexo II da Instrução Normativa nº 607, de 2006, disponibilidade esta compatível com o valor do veículo a ser adquirido;
  • Os laudos fornecidos por convênios devem ser acompanhados de uma a declaração conforme modelo do Anexo XII; se for laudo do Departamento de Trânsito o modelo da declaração está no Anexo XIII;
  • Documento que comprove a representação legal, se for o caso;
  • Documento que prove regularidade da contribuição previdenciária, expedido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Caso o INSS não emita o referido documento, o interessado deve apresentar documento que prove sua regularidade. Se for assalariado, carteira de trabalho, autônomo carnê de contruibuição. Se não tiver nenhum documento a pessoa deve apresentar uma declaração que não é contribuinte ou que é isento, o modelo está também no site da receita.
  • Original e cópia simples ou cópia autenticada da carteira de identidade do requerente ou do representante legal

Musicoterapia: abrindo canais para pessoa autista



Uma das áreas mais afetadas na maioria das pessoas autistas é a comunicação, a Musicoterapia tem-se mostrado uma excelente aliada para a melhorar a condição do autista. Uma grande parte dos autistas tem grande afinidade com música e pouca ou nenhuma com a fala, e a música funciona para muitos deles como canal de interação com o mundo.
A Musicoterapia utiliza a música e seus elementos como som, ritmo, melodia e harmonia para facilitar e promover a comunicação, o relacionamento, a aprendizagem e a organização de processos psíquicos nas pessoas. É utilizada para qualquer patologia, distúrbio, deficiência ou dificuldades e pode ser aplicada em qualquer idade, do bebê ao ancião.
A utilização da música como recurso terapêutico é muito antigo. Foram encontrados nas citações de Pitágoras a recomendação de músicas para promover saúde, a força de pensamento e emoção e ainda na antiguidade, Platão recomendava a música era a Medicina da alma. Mas na era moderna, só teve início sua utilização a partir da primeira Grande Guerra. Médicos começaram a perceber a melhora de pacientes após ouvirem músicos que iam aos hospitais de soldados veteranos na Europa e Estados Unidos tocarem.
No Brasil a Musicoterapia, como alternativa de tratamento entrou no final da década de 1960 e em 1972, criou-se o primeiro curso de graduação no País, no Conservatório Brasileiro de Música, no Rio de Janeiro..
Mesmo já estando no Brasil há mais de quatro décadas, sua disiminação como terapia, principalmente, para as pessoas com autismo, vem ocorrendo há cerca de dez anos.
Na Bahia o primeiro curso de graduação foi implantado em 1995, na Universidade Católica do Salvador (UCSAL), mas desde 1991 um grupo de músicos da Universidade Federal da Bahia já vinha atuando como terapeutas e criado a Associação Baiana de Musicoterapia. Nesta primeira turma da UCSAL estava Rita Dultra, já professora de música na Universidade e estudante de Musicoterapia.
Rita, que continua como professora da UCSAL e é vice diretora do Centro de Educação Profissional Pracatum, entidade criada por Carlinhos Brown, para formação artística e musical de crianças e jovens carentes e atualmente administrada pelo Estado.
Rita Dultra atua como musicoterapeuta em domicílios e hospitais desde 1997, e, em 1999 passou atender em consultório, hoje, tem grande parte da clientela formada por pessoas autistas, é uma das profissionais mais respeitadas do Brasil, sendo constantemente solicitada para proferir palestras e cursos em todo País
CONTATOS
Bahia -
Rita Dultra
–[Salvador] tel: 3351 6081 /9988 1305 / 8203-5027
mtrdultra@terra.com.br / mtrdultra@yahoo.com.br
Goiás
Cláudia Zanini
[Goiânia] - claudiaz@musica.ufg.br
Moema Públio [Goiânia] - moema.mt@cultura.com.br
Paraná
Sheila Volpi [Curitiba] - sheilavolpi@bbs2.sul.com.br
Cléo França [Curitiba] - cleomfc@terra.com.br
Fátima Freire [Curitiba] - bommusico@hotmail.com
Rio de Janeiro -
Lia Rejane Mendes Barcellos [Rio de Janeiro] - liarejane@gmail.com
Márcia Godinho [Niterói] - margoc@ig.com.br
Rio Grande do Sul
Maria Helena Rockenbach
[Porto Alegre] -mhrockenbach@terra.com.br
São Paulo
Maristela Smith
[São Paulo] maristelasmith@fmu.b
Suzana Brunhara [Sorocaba] - suzanabrunhara@gmail.com

Autismo em pauta recomenda: Olhe nos meus olhos



Autismo em pauta recomenda:
Livro: Olhe nos meus olhos
Editora: Larousse
Esta é a autobiografia de John Elder Robinson, que descobre aos 40 anos, que tem a síndrome de Asperger, uma forma de autismo leve. O livro tem uma narrativa leve, engraçada e empolgante. É daquelas obras que se pega para ler a apresentação e só se larga quando se lê ”FIM”.
O que falta Robinson em habilidade para comunicação oral e interação social lhe sobre em estilo literário, para agarrar e não soltar o leitor.
É uma obra sobre as agruras de um garoto, jovem e adulto desajustado que se sentia estranho e deslocado na escola e na maioria dos lugares onde trabalhou, que não conseguia se comunicar por não entender os códigos sociais de uma conversação. Em compensação era genial com máquinas, principalmente equipamentos de som e automóveis.

Robinson passou por diversos médicos e psicólogos, mas estes sempre diziam que ele não tinha nada, a maioria dos professores o achavam preguiçoso, desinteressado, e desajustado. Fica superaliviado ao descobrir que tem a síndrome de Asperger e ao saber da existência de muitas pessoas como como ele. A partir da descoberta, não se considera mais, uma fraude humana como se sentia até então.

Olhar nos olhos é uma das características principais de muitas pessoas com autismo. Robinson passou grande parte de sua vida sendo tachado de falso, justamente por não ser capaz de encarar seus interlocutores. “Olhe nos meus olhos” era a ordem que seus pais e professores lhe davam insistentemente, castigando-o por não conseguir fazê-lo.
Esta é uma obra imperdível, não só pela trajetória intrigante vivida pelo seu autor como por ter uma narrativa bem amarrada, instigante e muito bem humorada.
Não deixe de ler.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Informática auxilia inclusão de pessoas autistas

Os potenciais da informática para incluir pessoas autistas vão desde os grupos de discussão, como a Comunidade Virtual Autismo no Brasil, que completa uma década no final deste ano, passa pelas páginas pessoais, portais de informações para profissionais e leigos e, principalmente, softwares que auxiliam no desenvolvimento e integração dos próprios autistas.

Durante o VII Congresso Brasileiro de Autismo, realizado em Fortaleza, o doutor em educação Stephen Shore, que é autista, explicou porque tem tanta afinidade com computadores. “Gosto de estabilidade e fico muito tranqüilo em encontrar as teclas sempre no mesmo lugar”, afirmou. Autor de diversos livros sobre educação, o professor americano diz que sente muitas dores ao escrever com caneta e papel. O sentimento é comum a grane parte dos autistas, que tem dificuldade em desenvolver a habilidade motora fina, essencial para a escrita. Por isso, o computador torna-se uma alternativa para desenvolver a habilidade da escrita.

Com severas dificuldades de relacionamento, as pessoas com Síndrome de Asperger – um grau leve de autismo – usam sites como Orkut e listas de discussão como formas de se expressar. Com 173 associados, o grupo Asperger Brasil reúne há cinco anos pessoas que conseguem trocar experiência até de como conseguir uma namorada. A lista já saiu do mundo virtual com a realização de encontros presenciais onde os aspergueres puderam se conhecer.

Telma Moura Conceição, mãe de uma moça autista de 17 anos, trouxe para a Bahia a “Comunicação Alternativa Ampliada”. A ferramenta é composta por figuras que representam ações e objetos, e permite a comunicação de pessoas autistas não-verbais e funciona como facilitador da comunicação dos demais. Com cliques nas imagens associadas a sons, a pessoa autista pode expressar seus desejos e opiniões, como “beber água” ou “está frio”.

Um dos maiores portais do mundo sobre autismo está sediado nos Estados Unidos. O Autism Speaks (Fala Autista, em português), reúne especialistas que discutem padrões no atendimento das pessoas autistas e outras informações para novas descobertas. É uma comunidade científica sobre autismo, com uma enorme biblioteca on-line aberta para acesso.

O computador também auxilia em outros aprendizados. Gabriel Maciel, que tem 14 anos e mora em Salvador, tem um grande vocabulário e escreve com ortografia perfeita graças a anos assistindo vídeos legendados, animações (especialmente do portal Charges.com) e uso de programas de karaokê. Ele navega pela internet e gosta de fazer pesquisas no You Tube.

Os ganhos são tão grandes que famílias de baixa renda estão comprando computadores. É o caso de Meire Rose, mãe de Ícaro, um garoto autista de 7 anos que está totalmente entrosado à informática. Meire, que mora no subúrbio de Salvador, em Fazenda Coutos, tem sua renda da venda de geladinhos. Ela usou o benefício de ação continuada para que o filho pudesse ter a ferramenta para se desenvolver.

“Todo autista vive em seu próprio mundo ou tem um dom especial”

Quando se fala em autismo vem uma das duas clássicas afirmações: “são aquelas pessoas que vivem isoladas em seu próprio mundo!” – ou, no outro extremo... “todo autista tem uma grande habilidade em alguma área!”
O autista não vive em outro mundo, ele vê o mundo de forma diferente. Ele está presente o tempo todo; o que tem é dificuldade de interação social. A maioria das pessoas autistas tem boa memória visual, boa compreensão de imagens, dificuldade de concentração e hiperatividade.
As pessoas autistas que possuem ilhas de habilidades geniais são chamadas de “savants”. Mas nem todos são gênios, como muitos pensam. Mesmo não tendo habilidades como o Raymond do filme Rain Man, com boa intervenção sócio-educacional, mesmo quem tem um comprometimento sério pode melhorar significativamente sua situação e ter uma vida feliz.

O Rain Man foi inspirado em Kim Peek

Kim Peek, hoje com 57 anos, foi diagnosticado com retardo mental quando criança. Na época, o médico disse ao seu pai que ele nunca conseguiria aprender nada, que deveria ser institucionalizado e esquecido. Mas o menino começou a ler enciclopédias aos quatro anos de idade e terminou o High School (2º grau), aos 14 anos. Possui memória fotográfica, memoriza listas telefônicas inteiras. Sabe as estradas que cortam cada cidade dos Estados Unidos, bem como estações de TV, códigos DDD e códigos postais; conhece a árvore genealógica de todos os presidentes dos Estados Unidos.
As pessoas ditas “normais”, levam três minutos para ler uma página de um livro; ele gasta somente de oito a dez segundos para ler e reter na memória. Lê duas páginas simultaneamente, uma com cada olho.
Kim Peek é considerado um “mega-sábio” porque é um gênio em aproximadamente 15 assuntos diferentes, como história e literatura, geografia, números, desporto, música e datas.
Apesar destas capacidades excepcionais, Kim Peek não é autônomo, necessitando de apoio para coisas simples como vestir-se sozinho mas, ao contrário do esperado, com o passar dos anos vem melhorando a memória nas áreas em que é especialista.
Kim, que inspirou o personagem Raymond Babbit, interpretado por Dustin Hoffman no filme "Rain Man" (1988), era um jovem retraído, com poucas habilidades sociais quando a película o trouxe ao conhecimento público. Depois de falar a mais de 2 milhões de pessoas ao longo dos anos, seu pai diz que ele se tornou mais calmo e se sente mais tranqüilo ao falar com as pessoas

Dra. Margarida H. Windholz deixa o país.

Na próxima segunda-feira (dia 14), Dra. Margarida Windholz deixa o Brasil. Pioneira no tratamento comportamental de pessoas com problemas de desenvolvimento no país, autora do livro Passo a passo, seu caminho. Guia curricular para o ensino para o ensino de habilidades básicas. Participante ativa da Comunidade Virtual Autismo no Brasil, no Yahoo, sempre disposta a orientar familiares e profissionais, e presente na maioria dos eventos sobre autismo pelo Brasil afora, passando seu vasto conhecimento para todos. Margarida ou Maggi como é carinhosamente chamada muda-se definitivamente para Israel.
e-mail: magwind@terra.com.br

Site sobre autismo recebe doação de US$ 250 mil

O Centro Médico da Universidade de Pittsburgh recebeu uma doação de US$ 250 mil do Departamento de Bem-Estar Público da Pensilvânia para criar um uma rede de comunicação sobre autismo. O site será formado por 15 hospitais e centros médicos nos Estados Unidos e Canadá que trabalham para promover cuidados médicos para crianças e adolescentes autistas. Com a ferramenta, a idéia é padronizar o atendimento. A informação é parte do desenvolvimento para criar informações para que as clínicas estabeleçam padrões e, portanto, famílias serão convidadas a inscrevere-se na rede. O site será ligado ao Autism Speaks e oferecerá diagnóstico, tratamento, cuidado e aconselhamento para pessoas no espectro autista.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Rain Man (EUA, 1988)


Provavelmente o filme mais famoso com personagens autistas, Rain Man é, sobretudo, um belo filme. Ele conta história de Charlie Babbit (Tom Cruise), um rapaz egoísta que descobre que tem um irmão mais velho autista, Raymond Babbit (Dustin Hoffman) ao descobrir que o pai deixou a herança de US$ 3 milhões para o parente desconhecido. Revoltado com a notícia, Charlie decide ir até o instituto onde mora o irmão e seqüestrá-lo, para tentar ter o controle sobre a fortuna. Mas as coisas são muito mais complicadas do que ele imagina e Raymond – que entre outras “manias” não sai em dia de chuva, daí o nome Rain Man, Homem da Chuva – não aceita viajar de avião e eles atravessam o país de carro. Charlie acaba criando laços com Ray e descobre que o irmão tem grandes potenciais, como a habilidade de contar cartas que pode valer um bom dinheiro em cassinos, e também um jeito dele de ser afetuoso.

Dirigido por Barry Levinson, Rain Man ganhou quatro Oscars: melhor ator (Dustin Hoffman), melhor diretor, melhor fotografia e melhor roteiro original. A obra recebeu outras quatro indicações ao prêmio da Academia. O filme conquistou também o Urso de Ouro, no Festival de Berlim e o Globo de Ouro de melhor drama e de melhor ator dramático (Dustin Hoffman).



Mais sobre "Rain Man"
Internet Movie Database
E-Pipoca
Oscar (site oficial)

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Interior de SP e RN também tem atividades no Dia Internacional do Autismo

A Câmara Municipal de Guaratinguetá (SP) marcou a passagem do primeiro Dia Internacional do Autismo com pronunciamento dee parlamentares hoje (3 de abril), um dia depois da data reservada pela ONU para abrir o mês do Autismo.

Ontem, um grupo de pais distribuiu folders explicativos sobre o que é autismo, prevalência, importância do diagnóstico precoce, características básicas e referências como livros, filmes, sites e grupos de discussão em dois hospitais da cidade, clínicas de pediatria, centros de diagnóstico, consultórios e no Pronto Socorro Municipal. A recepção foi muito e a procura pelo acabou sendo acima das expectativas dos organizaires, com médicos, enfermeiros e outros funcionários pedindo material sobre o assunto.

Os alunos dos três cursos de Pedagogia receberam os folhetos e a visita se estendeu aos maiores colégios guaratinguetaenses.

Parnamirim (RN)

Em Parnamirim (RN), a data foi lembrada na Câmara Municipal, com a leitura de textos elaborados pelo Movimento Orgulho e da Resolução da ONU. Também foram eleitas congratulações ao movimento das famílias, registrando nos anais da Assembléia Estadual do Rio Grande do Norte e da Câmara de Vereadores de Parnamirim.

Brasília faz "Blitz do Autismo" para marcar Dia Internacional do Autismo

O Movimento Orgulho Autista Brasil cumpriu à risca às determinações da Organização das Nações Unidas (ONU) e trabalhou na divulgação do tema neste 2 de abril. Pela manhã integrantes do Movimento concederam entrevistas em emissoras de rádios e tv, participaram de debates e realizaram mais uma edição do Programa "Blitz do Autismo".

Em parceria com o Departamento de Polícia Rodoviária Federal, os motoristas e passageiros receberam informações a respeito do autismo no Brasil e de como identificar a possibilidade de uma pessoa ser autista. O evento foi realizado no Posto da P.R.F. na principal saída de Brasília, na BR-040, acesso para Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Cerca de 10 mil panfletos foram distribuídos, juntamente com as informações passadas especialmente a cada um dos motoristas que foram abordados.

À tarde uma comissão da ONG esteve no Centro Administrativo do Governo do Distrito Federal (GDF), quando entrtegaram de documento aos Secretários de Direitos Humanos e de Educação sobre quatro pontos específicos: criação de Centro de Referência Nacional em Educação Complementar para Autistas; retorno do Centro de Orientação Médico Psico-Pedagógica (COMPP) ao prédio acessível por onde esteve há trinta e sete anos; criação da Subsecretaria de Apoio às Pessoas com Deficiência em cumprimento a compromisso público do governador José Arruda e criação da Biblioteca Nacional do Autismo. Foi solicitado também o empenho pessoal dos secretários.

O secretário de Educação, José Valente, garantiu a criação ainda este mês do Centro de Referência Nacional em Educação Complementar para Autistas em Brasília. Os dois secretários assumiram o compromisso de se emprenharem pelo retorno legítimo do COMPP ao seu local acessível de origem.

O secretário de Direitos Humanos, Raimundo Ribeiro, garantiu que a Subsecretaria de Assuntos da Pessoa com Deficiência será criada ainda em abril deste ano. Já o secretário Valente vai solicitar a criação da Biblioteca Nacional do Autismo dentro da Biblioteca Nacional e a Secretaria de Educação buscará meios para adquirir acervo solicitado pelo Movimento Orgulho Autista Brasil. O secretário da Fazenda, José Humberto Pires, também compareceu ao local e fez questão de demonstrar sua solidariedade aos pais de autistas.

No fim da tarde, comissão de pais da ONG estiveram com Deputados Distritais da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e entregaram documento à deputada Érika Kokay (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos, e ao deputado Benício Tavares (PMDB), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Pessoa com Deficiência. A deputada Érika Kokay fez pronunciamento sobre a necessidade de políticas públicas para o autismo, que emocionou vários parlamentares que fizeram questão de cumprimentar os integrantes da ONG.

Nestes eventos os integrantes da ONG estiveram acompanhados pela Coordenadoria para Inclusão da Pessoa com Deficiência (CORDE-DF), com a Associação DF Down, Associação de Pessoas com Deficiência do Riacho Fundo, Fórum de Apoio às Pessoas com Deficiência (FAPED) e do ICAP, instituições solidárias à causa Autista, além de César Melo, já anunciado pelo governador Arruda como futuro Subsecretário de Assuntos da Pessoa com Deficiência.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Salvador reúne instituições e vereadores no Dia Internacional do Autismo





Com a Câmara Municipal lotada, representantes de diversas entidades ligadas aos direitos da pessoa com deficiência, vereadores, membros do executivo municipal e estadual, Ministério Público e especialistas participaram de uma sessão especial que marcou hoje (dia 2) o Dia Internacional do Autismo, em Salvador (BA). Durante toda a manhã, a realidade e as perspectivas de políticas públicas para inclusão da pessoa autista foram debatidas.

Para a promotora de Justiça do Grupo de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Silvana Almeida, é preciso mostrar para a sociedade que esta é uma questão que afeta a todos e não apenas aos familiares das pessoas com deficiência. “Deficientes não são as pessoas. Deficiente é o modo excludente que não as apóia”, afirmou.

O presidente da Câmara, Valdenor Cardoso (PTC), destacou a sensibilidade que o Legislativo Municipal tem com o tema. “Muitas vezes a sociedade civil organizada sai à frente na busca de soluções para problemas coletivos e nós, do Poder Legislativo, precisamos dar todo apoio a essas iniciativas”, disse.

A vereadora Vânia Galvão (PT), autora da proposta da sessão especial acolhendo sugestão da Associação dos Familiares e Amigos da Gente Autista (Afaga), levantou a necessidade de serem realizadas mais atividades de esclarecimento à população. “É fundamental a elaboração de propostas para o setor e de outras reuniões e audiências, como esta, para a busca de alternativas de inclusão social“, afirmou. Em seu pronunciamento, o vereador Virgílio Pacheco (PPS) ressaltou a importância de ações voltadas para o respeito aos direitos da pessoa autista.

Estiveram presentes representantes da Associação dos Familiares e Amigos da Gente Autista (Afaga), do Inespi-Evolução (Associação de Pais e Amigos de Crianças e Adolescentes com Distúrbio do Comportamento), da Associação Baiana de Autismo (ABA), do Conselho Estadual da Pessoa da Deficiência (Coede), da Comissão de Acessibilidade de Salvador (Cocas), da Associação Baiana dos Deficientes Físicos (Abadef), da Associação de Pais e Amigos do Excepcional (Apae-Salvador), da Associação Ser Down, do Instituo Pestalozzi, do Movimento Paulo Jackson, da Abraço-BA (Associação das Rádios Comunitárias do Estado da Bahia), da além do Ministério Público da Bahia, dos Governos Estadual e Municipal, como a Coordenadoria Municipal de Apoio às Pessoas com Deficiência da Secretaria de Desenvolvimento Social de Salvador e a Coordenadoria de Educação Especial da Secretaria Estadual da Educação, da deputada estadual Fátima Nunes (PT), do ex-deputado pelo PPS Padre Joel, autor da primeira Lei sobre direitos do autista no Brasil, e de diversos vereadores de Salvador.



O autismo
Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que o autismo ocorre em cerca de 5 pessoas em cada grupo de 10 mil, o que significa que o Brasil deve ter 95 mil autistas. Se englobarmos pessoas com traços mais leves de autismo, o número pode ser de até 1,1 milhão de brasileiros (seis para cada mil).

O dia 2 de abril foi instituído pela Assembléia Geral da ONU como Dia Internacional do Autismo em dezembro de 2007, portanto esta foi a primeira vez em que foi celebrado no mundo. A data pretende ajudar a garantir e promover os direitos das pessoas com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), onde estão inseridas as diversas formas de autismo.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Mensagem aos pais: Bem vindo à Holanda!

(1987 – Emily Perl Knisley)

Freqüentemente sou solicitada a descrever a experiência de dar à luz uma criança com deficiência – uma tentativa de ajudar pessoas que não tem com quem compartilhar essa experiência única a entendê-la e imaginar como é vivenciá-la. Seria como...
Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias - para a ITÁLIA! Você compra montes de guias e faz planos maravilhosos! O Coliseu. O Davi de Michelangelo. As gôndolas em Veneza. Você pode até aprender algumas frases simples em italiano. É tudo muito excitante.
Após meses de antecipação, finalmente chega o grande dia! Você arruma suas malas e embarca. Algumas horas depois você aterrissa. O comissário de bordo chega e diz:
- "BEM-VINDO À HOLANDA!"
"Holanda!?!" – diz você –"O que quer dizer com Holanda!?!? Eu escolhi a Itália ! Eu devia ter chegado à Itália. Toda minha vida eu sonhei em conhecer a Itália."
Mas houve uma mudança de plano de vôo. Eles aterrisaram na Holanda e é lá que você deve ficar.
A coisa mais importante é que eles não te levaram a um lugar horrível, desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente.
Logo, você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma nova linguagem. E você irá encontrar todo um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes.
É apenas um lugar diferente. É mais baixo e menos ensolarado que a Itália. Mas, após alguns minutos, você pode respirar fundo e olhar ao redor... e começar a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrants e Van Goghs.
Mas, todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália... e estão sempre comentando o tempo maravilhoso em passaram lá. E por toda a sua vida, você dirá : "Sim, lá era onde eu deveria estar. Era tudo o que eu havia planejado."
E a dor que isso causa nunca, nunca irá embora... porque a perda desse sonho é uma perda extremamente significativa.
Porém... se você passar a sua vida toda remoendo o fato de não haver chegado à Itália, nunca estará livre para apreciar as coisas belas e muito especiais... sobre a Holanda.Este texto faz parte do arquivo do 'DEFNET' (Traduzido pela Drª Mônica Ávila de Carvalho, mãe de Manuela, em Cambuquira – MG, 30/12/1995).

segunda-feira, 31 de março de 2008

GT estuda medidas para atendimento de autistas no SUS

Um Grupo de Trabalho instituído pelo Ministério da Saúde está focado em fazer um diagnóstico das condições de atendimento oferecidas às pessoas com autismo no Sistema único de Saúde (SUS) e criar medidas para ampliação do acesso e qualificação da atenção. Os primeiros compromissos assumidos pelo Governo Federal e representantes da sociedade civil organizada foram de fazer uma campanha de esclarecimento da população, sobre como identificar e tratar o autismo e a organizar um mapeamento epidemiológico para levantar a prevalência do autismo no país.

A primeira reunião de trabalho aconteceu na Sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Brasília, no dia 26 de março.

Com informações da Agência Brasil.

Filme: Meu nome é Rádio


Com um elenco de grandes atores, como o vencedor do Oscar de melhor ator coadjuvante (pela atuação em Jerry Maguire) Cuba Gooding Jr. e o quatro vezes indicado ao Oscar, Ed Harris, este drama é inspirado numa história que aconteceu em 1976, na Carolina do Sul. Um rapaz autista (Gooding Jr.), que se deu o apelido de Rádio – por causa da coleção de aparelhos – passa o dia com um carrinho de supermercados, assistindo aos treinos de futebol americano, sem falar com ninguém. Depois de ser agredido por jogadores da pequena cidade, o treinador (Harris) passa a protegê-lo e transforma Rádio num misto de auxiliar e amuleto da sorte para o time.
Veja mais:

quinta-feira, 27 de março de 2008

Salvador, Fortaleza e Belém comemoram Dia Internacional do Autismo

O dia 2 de abril de 2008 é um marco importante para a luta pelos direitos das pessoas autistas. Nesta data, será comemorado pela primeira vez o Dia Internacional do Autismo. Instituído pela Assembléia Geral da ONU no dia 18 de dezembro de 2007, a data pretende ajudar a garantir e promover os direitos das pessoas com Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), onde estão inseridas as diversas formas de autismo.

Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que o autismo ocorre em cerca de 5 pessoas em cada grupo de 10 mil, o que significa que o Brasil deve ter 95 mil autistas. Se englobarmos pessoas com traços mais leves de autismo, o número pode ser de até 1,1 milhão de brasileiros (seis para cada mil).


Salvador
Na Câmara Municipal de Salvador (BA), será realizada uma sessão especial sobre o Dia Internacional do Autismo, na próxima quarta-feira (2 de abril). Requerida pela vereadora Vânia Galvão, a sessão começa às 9 horas no Plenário Cosme de Farias e é aberta ao público. Representantes da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, do Ministério Público, da Associação de Familiares e Amigos da Gente Autista (Afaga) estarão presentes.

Fortaleza
Às 15 horas, acontecerá uma sessão especial na Assembléia Legislativa do Ceará, com a presença de representantes da Casa da Esperança - maior centro de atendimento para autistas do Brasil.

Belém
Em Belém (PA), está marcado um passeio na praça com a Casa da Esperança, na Praça da República, a partir das 9 horas.

Em diversas outras cidades, representantes de movimentos de familiares e amigos de autistas estarão em programas de rádio e televisão, falando um pouco sobre o Dia Internaconal do Autismo.

Autistas: eles são deste planeta

Autismo. Uma palavra desconhecida para muitos. Alguns a conhecem de um filme ou uma revista. Mas a maioria das pessoas não tem a mínima idéia do que se trata.
A palavra "autismo" surgiu a primeira vez nas descrições da esquizofrenia, em 1908. Foi Bleuler, em correspondência com Freud, quem a cunhou. Em 1943, dois cientistas, Kanner e Asperger, ambos austríacos, o primeiro morando nos Estados Unidos, o outro na Áustria, a usaram para descrever o mesmo padrão de comportamento: crianças e jovens que se mantinham alheios às pessoas à sua volta, demonstravam interesse fixo em determinados assuntos, linguagem “mecânica” quando falavam, tendência à rotina e à “mesmice”.

Não há consenso, na comunidade científica, sobre as causas do autismo. Essa síndrome é um dos grandes distúrbios da comunicação e da socialização. Pode se manifestar até os três anos de idade e ocorre quatro vezes mais em meninos do que em meninas. Vai do mais severo ao mais leve comprometimento, o que pode confundir o diagnóstico, levando às vezes a um tratamento inadequado. Alguns casos vêm aliados a outras síndromes, como: retardo mental, Down, X-Frágil, Rett, West, o que pode afetar ainda mais o portador, mas muitos, sem mais comprometimentos, têm inteligência média, enquanto outros podem ser bastante inteligentes.

Apesar do senso comum afirmar que eles não vivem neste mundo, que são totalmente alheios, isso não ocorre na maioria dos casos; essa falsa impressão se dá pelo fato de perceberem o mundo de forma diferente da maioria das pessoas. Parecem alheios, mas estão presentes e são extremamente sensíveis.

Estão aqui, do nosso lado. Apenas têm dificuldades para se comunicar. Essa idéia de que vivem em seu próprio mundo é porque os primeiros pesquisadores compararam o autismo com a esquizofrenia – cujos portadores, esses, sim, constroem verdadeiros mundos imaginários.

Tailândia promove, pela primeira vez, elefanteterapia para autistas

O efeito positivo do contato com cachorros, cavalos e até golfinhos já era bastante conhecido, mas a Tailândia encontrou um caminho inovador para amenizar o isolamento, a intolerância e a rejeição ao contato físico, comum em autistas: a elefanteterapia. O princípio é bastante semelhante ao utilizado na ecoterapia (com cavalos), mas o tamanho enorme dos elefantes e características especiais, como o fato deles moverem-se nem muito devagar, nem muito rápido, têm potencializado os resultados. As crianças aprenderam como os elefantes vivem, o que gostam de comer e o que fazem. Depois de entender os bichos, tiveram que conduzir seus elefantes, alimentá-los e banhá-los sozinhas. A última etapa foi montar e aprender a se comunicar com os elefantes. Os pais de quatro crianças autistas ficaram muito satisfeitos com a forma com que a terapia incrementou as expressões físicas e emocionais de seus filhos.

Desmistificando: Os autistas não podem ter uma vida profissional

Os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) formam um espectro amplo, que vai de um autismo leve, como a Síndrome de Asperger, a autistas com sério comprometimento de nas áreas de comunicação, socialização e interesses gerais. Quanto mais severo o quadro, maior a dificuldade de adaptação ao mercado profissional.

Mas muitos autistas, inclusive diversos deles não diagnosticados ou diagnosticados tardiamente, estão em escritórios, consultórios, universidades, palcos, galerias de arte e em muitos outros locais de trabalho. Daniel Jansen, de 31 anos, acaba de completar seu mestrado em Biologia pela Unicamp, uma das universidades mais respeitadas do país, pesquisando crustáceos no litoral norte de São Paulo. Com talentos excepcionais para matemática, Felipe Mota, de 19 anos, estuda na Universidade Federal de Santa Catarina e sonha em ser pesquisador.

Por todo o Brasil e pelo mundo temos muitos exemplos de como autistas têm conseguido superar inúmeros obstáculos e transformarem-se em profissionais plenamente atuantes.